Nos últimos dias, a administração de Donald Trump anunciou tarifas de até 50 % sobre produtos agrícolas brasileiros.
O que é o “tarifaço” de Trump de 50 %?
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Definição: medida protecionista que aumenta drasticamente impostos sobre produtos agrícolas do Brasil (soja, café, carne, entre outros.) destinados ao mercado dos EUA.
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Objetivo aparente: reduzir dependência dos EUA por produtos estrangeiros e abrir espaço para produtores domésticos.
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Repercussões gerais: alta nos custos de exportação, queda na competitividade e redução imediata da demanda americana por produtos brasileiros.
Setores mais impactados no Brasil
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Soja – maior commodity exportada para os EUA; preço cai com o encarecimento.
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Café – Brasil é o maior produtor mundial; tarifas afetam valor pago ao produtor.
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Carnes (bovina, suína, de frango) – já pressionadas por pandemias; agora veem demanda se redefinir.
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Leite – embora menos impactado direto, sofre efeitos colaterais via insumos.
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Insumos agropecuários – custos podem aumentar, dependendo do câmbio e logística aérea/marítima.
Como o agronegócio e o café podem reagir?
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Diversificação de mercados: fortalecer exportações para a União Europeia, China, Oriente Médio e mercados emergentes.
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Agregação de valor: investir em cafés especiais certificados (orgânico, Fair Trade) com margem maior.
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Contratos futuros e hedge: proteger receita via Bolsa de Mercadorias & Futuros, COFCO ou bancos parceiros.
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Redução de custos e eficiência no campo: revisão do manejo, economia de água, controle de pragas com biotecnologia.
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Verticalização da produção: agregar serviços, embalagens ou integrar com cooperativas.
Conclusão
O “tarifaço” de Trump impõe um desafio real aos produtores brasileiros, mas com estratégia e produtos bem escolhidos é possível mitigar impactos. A diversificação de mercado, o investimento em qualidade e o uso de insumos eficientes são caminhos práticos.